07 março 2010

As Palavras

As palavras surgem como por magia, por encanto de quem as escreve e de quem as lê. As palavras são o acto de escrever e o acto de escrever é o conjunto de todas as letras que se associam de modo frágil e seguro.

Pensa-se numa palavra, desenha-se a mesma na folha de papel branca, sem qualquer sujidade, pois a folha de papel é pura, tal como são as palavras no seu sentido mais primordial.

Elas são tudo o que precisamos para comunicarmos e, por isso, são como uma bênção para nós. Uma bênção, um dom que devemos preservar e alimentar cada dia, de modo sempre mais intenso e verdadeiro.
Assim, se as palavras forem alimentadas, sendo o próprio acto de escrever saciado com os nossos desejos de transpor para a folha pura que está perante nós, folha essa que está à nossa espera e só à nossa, conseguimos nós mesmos alimentarmo-nos e dar-nos alimento aos outros que, igualmente, possuem esta “fome de palavras”.

Escrever é um simples e complexo acto que, por vezes, nos esquecemos da sua existência, abandonando-o a uma banal existência, sem lhe reconhecermos o seu extremo significado e limitando-nos, também, a guardar tudo o que reside dentro de nós em nós e, deste modo, não expressamos todos os nossos sentimentos que são tão maravilhosamente belos quando expressos por palavras.

As palavras em todos os poemas… As palavras que compõem os poemas são ainda mais harmoniosas do que aquelas existentes na prosa. A razão de o ser não sei afirmar com certeza, mas resultará do facto de na poesia tudo ter um maior encanto.
 
 Porque as palavras são essenciais na comunicação quotidiana e, por isso, devem ser valorizadas!


Ana Sofia Ramos

0 comentários: