Anseio por ti, impacientemente, ofegante…
Onde estás, meu Amor?
Oh! Estás tão longe e eu permaneço inquieta à tua espera…
Apenas sei que vens. Mas quando?
Estou cansada de suspirar por ti e tu não me vires buscar e levar para o sítio mais longínquo que existe.
Levanto os olhos da folha de papel e deparo-me contigo! Sempre vieste. Vieste hoje!
Tendo-me comigo, relembro os meus pensamentos acerca de ti…
“Envolve-me e murmura-me que me quer como sua amante…
Mas eu receio e hesito constantemente quando escuto isto…
Quer-me sua, porque não?
Eu desejo ardentemente ser sua, porque não o faço?
Ah! Quão difícil é ultrapassar os seus limites e a sua existência comparados à minha pequenez e efemeridade…!
Suspirante, eu anseio tanto o momento em que tornará eternamente sua e passarei a ser de quem tanto me deseja…
Eu quero e vou…
Murmurante como um pobre ser, imploro:
“Quero ser tua, Vida!” ”
Ana Sofia Ramos