Doces murmúrios são ouvidos
Do mais frio lugar distante,
Conflitos e lágrimas são vividos
Por povos moradores a jusante.
Corre gélido o rio misterioso,
Procurando, em vão, sustentar
O que o tornou curioso,Talvez, o poder de não amar.
Murmúrios de novo, leves sussurros
Que são amarguradamente guardados,
Edificando nos corações “muros”,
Prendendo-os nos seus passados.Oh quão difícil é “libertar”
O sonho de ver o gélido rio
Possuir o poder de sonhar
E deixar o seu toque frio…Mistura dos frágeis murmúrios do rio
Com os sussurros da multidão,
Uma luta constante de brio
Para destruir a fútil podridão.
Sem a mínima dúvida presente
De que desapareceu toda a mágoa,
Trazendo aos povos uma nova mente.
Ana Sofia Ramos
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