25 janeiro 2010

Meu Amor

Espero-te, numa manhã de nevoeiro…


Anseio por ti, impacientemente, ofegante…


Onde estás, meu Amor?


Oh! Estás tão longe e eu permaneço inquieta à tua espera…


Apenas sei que vens. Mas quando?


Estou cansada de suspirar por ti e tu não me vires buscar e levar para o sítio mais longínquo que existe.


Levanto os olhos da folha de papel e deparo-me contigo! Sempre vieste. Vieste hoje!


Tendo-me comigo, relembro os meus pensamentos acerca de ti…


“Envolve-me e murmura-me que me quer como sua amante…


Mas eu receio e hesito constantemente quando escuto isto…


Quer-me sua, porque não?


Eu desejo ardentemente ser sua, porque não o faço?


Ah! Quão difícil é ultrapassar os seus limites e a sua existência comparados à minha pequenez e efemeridade…!


Suspirante, eu anseio tanto o momento em que tornará eternamente sua e passarei a ser de quem tanto me deseja…


Eu quero e vou…


Murmurante como um pobre ser, imploro:


“Quero ser tua, Vida!” ”

Ana Sofia Ramos

0 comentários: